La Bella Roma
ROMA
“Para conhecer Roma não basta uma vida”.
O antigo ditado sintetiza com perfeição o conselho que eu daria àqueles que me perguntam quanto tempo gastar nas milenares ruas romanas. Roma é tão grande, fantástica e cheia de detalhes, que até alguns romanos natos podem não conhecê-la totalmente.
Bem, a princípio talvez você se irrite com o fato de que o metrô em Roma é bem limitado, velho e feio. Mas a verdade é que a cidade tem tanta história que, dizem, se você chutar uma pedra, encontrará embaixo alguma ruína. E por isso se torna impraticável a expansão da rede de metrô.
Para desvendar a cidade nada como se perder pelas vielas de pedras, as ruínas a céu aberto e as colinas que tornaram a cidade eterna. Portanto usar um bom tênis ou uma sandália confortável é indispensável. E, se você é mulher e quer agir como uma romana, siga esta regra fundamental: deixe seus sapatos de salto alto no Brasil. Em Roma você vai caminhar bastante e as ruas não são nada favoráveis a sapatos deste tipo. Ok, uma bota confortável, no inverno, também “va bene”.
Ultimamente, em minhas viagens, tenho evitado hotéis e prefiro alugar casas ou apartamentos de curta estadia na internet, pelo site Airbnb. Além de economizar, posso cozinhar e lavar roupa caso o imóvel possua os itens disponíveis. É claro que, para uma casa ou apartamento inteiro para você, funciona melhor se estiver em duas ou mais pessoas. Há também opção, mais em conta, para alugar somente um quarto de algum anfitrião. Se você ainda não utilizou o serviço do Airbnb, de hospedagem pelo mundo inteiro e até mesmo na sua cidade, clique aqui para obter um desconto meu para a sua próxima viagem.
Dessa vez (setembro de 2014) ficamos no delicioso bairro de Trastevere. Este situa-se ao sul, na margem oeste do rio Tibre, e conquista o transeunte. De ar boêmio e tranquilo, o seu ponto de encontro, por excelência, é a Piazza di Santa Maria in Trastevere, com uma grande fonte no centro e a antiquíssima Basílica de Santa Maria numa das laterais. Ruas calcetadas, pequenas igrejas medievais, lojas que te sugam para dentro e detalhes arquitetônicos que te obrigam a andar de máquina fotográfica em riste. E a noite, inúmeros bares e restaurantes tornam o bairro ainda mais charmoso.
Piazza di Santa Maria in Trastevere.
Trastevere
Posso dizer que o meu monumento favorito de Roma é o Panteão de Agripa, na chamada praça de La Rotonda. Chega-se até lá através de um emaranhado de ruas tranquilas e cheias de lojas, cafés, gelaterias e restaurantes. É uma das obras-primas da arquitetura italiana; o templo pagão construído em 27 a.C é o edifício melhor preservado da Antiga Roma. Durante o período de cristianização e esfacelamento do Império Romano, o Panteão de Agripa foi entregue sob os cuidados do Papa Bonifácio IV que transformou o lugar em uma igreja cristã dedicada à Santa Maria e a Todos os Santos. Dessa forma, o templo se livrou dos atos de vandalismo que marcaram o início da Idade Média.
Panteão de Gripa.
Interior do Panteão.
O monumento romano mais famoso é o Coliseu e, claro, você também deve visitá-lo. Mas não faça isso tão rapidamente. Vou te dar uma valiosa dica: sabe aquela fila gigantesca de turistas querendo entrar no Coliseu? Você não precisa pegá-la.Isso mesmo, você pode evitar esta fila, sem cometer nenhuma desonestidade. Em Roma, aja como os romanos: vá até o Foro Romano, pertinho do Coliseu, e na bilheteria peça um “biglietto integrato” (ingresso integrado). Ele custa apenas um pouco mais caro do que o bilhete do Coliseu e permite que você visite o trio de ruínas romanas – Foro Romano, Coliseu e Palatino – em até uma semana. O mais interessante é que a bilheteria do Foro Romano raramente apresenta filas. Assim, você evitou a fila para comprar ingressos para o Coliseu e agora tem em suas mãos um bilhete que lhe permite entrar não apenas no lendário monumento, como em vários outros lugares. Sugiro que comece pelo próprio Foro Romano, tão interessante quanto o Coliseu.
Foro Romano
No Foro Romano com o Coliseu ao fundo
Coliseu
Coliseu
Nesta cidade museu, na qual ao virar de cada esquina nos aguarda um monumento ou edifício impressionante, chegamos através de vielas labirínticas à Fontana di Trevi. Uma pena, pois no período que fomos (setembro de 2014) estava em reforma e a magia do monumento ficou severamente comprometida. (Veja o video da viagem, no final do post, para ter uma idéia da nossa decepção). Encaixada num cantinho, onde se pode dizer que não sobra espaço para ter esta fonte monumental, encontramos esta ode à água e à vida. Aqui há que respeitar um ritual que se tornou uma tradição para todos aqueles que visitam Roma: de costas para a fonte, jogue uma moeda na água e, dizem, que assim regressará à cidade. Bem, para aqueles que não são supersticiosos, como eu, um alento: não pude jogar moeda alguma mas certamente voltarei a cidade eterna! Como no ditado popular: se não nessa, em uma próxima vida!
O Vaticano merece um dia só para ele. O Vaticano é uma cidade estado, um enclave murado localizado dentro de Roma; tem sua própria bandeira e também um hino oficial.
Lá estão duas atrações que deverão estar na sua lista de visitas: A Basílica de São Pedro e o Museu do Vaticano.
A Basílica de São Pedro é a maior igreja do cristianismo, no mundo. A história para chegar a conclusão de como seria construída a basílica, ao longo de 100 anos, foi meio conturbada, mas acredito que tenha valido a pena, porque o resultado é espetacular! Os artistas que participaram da realização da igreja, ao longo desse tempo, foram: Bramante, Raffaello, Antonio da Sangallo, Michelangelo, Giacomo della Porta, Maderno e Bernini. A Basílica de São Pedro foi consagrada em 1626. A maior parte de sua decoração interna foi criada por Bernini, que trabalhou na igreja durante vinte anos, ajudando também na construção da linda Praça de São Pedro (1656-1667) com sua fanstástica colunata. A entrada na basílica é gratuita, a fila é grande mas anda rápido.
Basílica de São Pedro
O museu é incrível e a Capela Sistina, imperdível. A fila é sempre imensa, mas dizem que também anda rápido. Eu não quis arriscar e comprei pela internet, com horário marcado. O acervo é gigante e belíssimo. E lembre-se: não é permitido entrar no Vaticano com os ombros à mostra, nem com saias curtas ou bermudas curtas. Qualquer coisa acima do joelho fará você ser barrado. Não perca a viagem, vista-se de acordo com as regras locais. O único ponto decepcionante é que não pode fotografar o interior da Capela Sistina e a mesma está sempre abarrotada de gente, pois é a principal atração do Vaticano. Mas seguramente vale a visita!
Museu do Vaticano
Museu do Vaticano
A Guarda Suiça, no Vaticano.
Comprar água em Roma? Para que? Fontes generosas espalhadas por toda a cidade permitem que você colete água mineral de primeira qualidade. Ande com uma garrafinha e a encha sempre que puder.
A culinária é excepcional mas convém fugir dos restaurantes colados aos pontos turísticos, geralmente armadilhas para pegar os desavisados. Beba vinho; para os italianos, vinho não é “bebida alcoólica”, é alimento. Será que eu sou italiano???
Duas taças por dia vão fazer bem ao seu coração e ao seu espírito. O vinho na Itália custa baratíssimo, e os restaurantes tradicionais oferecem o vino della casa, geralmente muito bom.
Enfim, perca-se pela Cidade Eterna. Praça, fonte e monumento é o que não falta em Roma. Mesmo sem um roteiro apurado sua viagem será um sucesso certo e inesquecível!
Castelo de Sant’Angelo
Ponte sobre o Tibre
Piazza Navonna
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